sexta-feira, 28 de agosto de 2015

LUCAS escreveu quando?




Quando Lucas escreveu?

Normalmente, os críticos dizem que os livros que contêm PREVISÕES ou profecias –como no caso do Evangelho de Lucas- foram escritos ou completados depois do fato ter acontecido.

Como NÃO querem aceitar um Criador (Salmos 14:1-3), acham que ninguém, em tempo algum, poderia ter ACERTADO sobre um acontecimento, antes dele se realizar.
Dessa forma, para eles, fica fácil “provar” que se algum fato histórico está relatado, o seu escritor não poderia ter falado sobre isso antes, mas, com certeza, teria escrito depois de tê-lo visto ocorrer.
Assim, consideram as profecias como “história disfarçada”, que dão a IMPRESSÃO de que foram faladas antes, sendo que foram, realmente, escritas depois.

Por isso, a cada tempo inventam uma nova teoria, ora unindo, ora separando o conteúdo dos livros bíblicos, como fizeram com Lucas, Gênesis, Isaías, etc. (Veja os "posts" Gênesis... e Isaías...)

Lucas, por exemplo, escreveu sobre a DESTRUIÇÃO de Jerusalém, no ano 70 da Era Cristã, que foi prevista pelo próprio Jesus.
Disse que “quando a vissem CERCADA por exércitos, deveriam fugir da cidade”, pois teriam uma única chance (Lucas 19:41-44 e 21:20-24 - Veja nas traduções: Almeida ou TNM ).
Isso é o que a Bíblia diz e a História confirma.

No ano 66, o comandante romano Céstio Gallo sitiou a cidade e quando tinha tudo para conquistá-la, sem nenhum motivo visível, levantou o cerco e abandonou-a. Até então não tinha tido perdas. Depois, as teve.
Essa seria, então, aquela CHANCE de qual Jesus falara. Era para os cristãos fugirem de lá e eles fugiram mesmo, indo para a cidade de Pela, na atual Jordânia.
Entretanto, a maioria dos judeus NÃO acreditou nas palavras de Jesus e, por isso, ficaram na cidade. No ano 70, os romanos voltaram, sob o comando final do general Tito, que depois de sitiar Jerusalém destruiu-a totalmente, inclusive destruindo o seu majestoso Templo, que fora reconstruído pelo Rei Herodes, o Grande.

Foi a maior tragédia para os israelitas ou judeus até então. 
Foram milhares de mortes e de prisioneiros. Nenhum, daqueles que lá ficaram, escapou.
Até hoje, o “Arco de Tito” em Roma mostra isso.
Diante disso, o que é que os críticos falam?

 
Foto de parte do Arco de Tito em Roma, que mostra os judeus sendo levados prisioneiros

Ora, para os “críticos” fica fácil.
Se Jerusalém foi destruída no ano 70, o Evangelho de Lucas, pelo menos no trecho que previu isso, foi escrito DEPOIS do fato ocorrer.
Como não podem contestar que Jesus viveu antes, dizem que as suas palavras foram inventadas por algum escritor, que depois de presenciar o cerco e a destruição as colocou no livro, de forma que parecesse que fora Jesus quem as tivesse falado enquanto estava vivo.
E o gozado é que muitos religiosos modernos, científicos, PARECEM defender esses críticos, expressando as suas idéias e as apoiando em suas traduções bíblicas, nas suas “notas e introduções aos capítulos”.

Por exemplo, a Tradução Ecumênica Brasileira – TEB, de origem francesa, na introdução do Evangelho de Lucas, diz que esse livro foi escrito primeiro e depois foi escrita a continuação, que é o livro de Atos.
Essa Tradução está disponível "on-line" (ou pela Internet).
Ela diz que para se saber quando aquilo foi feito, “pode-se observar que Lucas conheceu o cerco e a destruição de Jerusalémno ano 70.” 
Diz que, atualmente, “quase todos os peritos situam tal escrita por volta de 80-90”, embora alguns lhe atribuam uma “data mais antiga”. (Grifo nosso)

E na introdução do livro de Atos, diz que “um ponto é claro: Atos foi escrito DEPOIS do evangelho” “por volta dos anos 62-63”. 
Apesar disso, de falarem que o "primeiro relato" ou o Evangelho de Lucas foi escrito ANTES, dizem que "NÃO pensam poder admitir” que ele o tenha escrito até 62-63 e que a “análise o situa, hoje, tranquilamente por volta dos anos 80” (Grifo nosso).

Assim, não podem negar que o evangelho foi escrito ANTES do livro de Atos, que parece ter sido terminado por volta da estada de Paulo em Roma, nos anos 62-63.
Todavia, dizem que essa data poderia NÃO ser certa, pois, para escrever o seu evangelho, Lucas teria se baseado nos escritos de Marcos e, segundo algumas fontes, Marcos teria terminado de escrever o próprio relato por volta do ano 65.
Portanto, pelas suas próprias palavras, os críticos dizem que Lucas escreveu o evangelho primeiro do que ATOS, mas depois lançam dúvidas sobre isso.
Não pensam poder admitir que o evangelho de Lucas foi escrito antes do ano 66 da Era Comum, quando houve o primeiro cerco de Jerusalém.

Expulsão dos judeus de Roma

Entretanto, uma outra fonte, fora da Bíblia, talvez possa confirmar tal escrita antes dessa data.
O escritor romano SUETÔNIO escreveu uma biografia do Imperador Cláudio, que reinou sobre Roma, do ano 41 ao 54 da Era Comum.
Nessa obra, Suetônio diz que Cláudio EXPULSOU os judeus de Roma, “pela perturbação (ou alarido) que faziam por causa de Chrestus” .
Busto do escritor romano Suetônio

No entanto, pela diferença de UMA letra, por um “E” em vez de um “I”, dizem que esse ChrEstus não seria (Jesus) ChrIstus, embora tudo indique que fosse (veja o “post”: Chrestus).

Embora os críticos digam que aquela "perturbação" NÃO foi causada pelos cristãos, fica claro que houve uma expulsão de judeus.
Alguns dizem que isso aconteceu nos anos 49 ou 50.
Ocorre que esse fato histórico também foi registrado por Lucas, quando escrevia o seu “segundo relato”, que era o livro dos ATOS dos apóstolos, conforme se vê no caso do casal Priscila (ou Prisca) e Áquila, em Atos 18:2.
Eles mesmos, como cristãos judeus, foram incluídos naquela deportação.

Nesse ponto, Lucas está destacando as ações do apóstolo Paulo, narrando os acontecimentos em sequência, como se fosse um “diário de viagens”, pois ao que parece acompanhava-no.
Assim, ele poderia estar anotando o fato no momento em que aquilo estava acontecendo.
E se Lucas escreveu, mesmo, essa expulsão de judeus no tempo em que ela ocorreu, isso mostra que, por volta do ano 50, ou por volta de quando se deu aquela expulsão, ele já estava escrevendo o seu “segundo relato”, que era o livro de Atos. 
E se já estava escrevendo o SEGUNDO livro, isso mostra que, no tempo daquele imperador, já havia terminado de escrever o seu PRIMEIRO relato, que foi o seu Evangelho.

Portanto, o Evangelho de Lucas, sendo o seu “primeiro relato”, já teria sido escrito no tempo do Imperador Cláudio (ou antes) e ele reinou só até 54.
Assim, fica claro que Lucas falou antes, muito antes, sobre o cerco de Jerusalém.

Contudo, para combater essa EVIDÊNCIA, os críticos dizem, AGORA, que os escritos de Lucas são uma obra única, feita de uma só vez, do início do Evangelho até o fim de Atos e que só depois foi dividida em DOIS livros, como se encontram na Bíblia atualmente.

Entretanto, NUNCA, no tempo original dessa escrita, se falava nessa unificação como também não se falava, naquela época, da divisão do livro de Isaías.
Mas o propósito é o mesmo, considerando que a “divisão” de Isaías ou a “unificação” dos dois relatos de Lucas são feitas apenas para “provar” que profecias ou previsões não existem.

Por causa disso, dividem em treis partes, pelo menos, o livro de ISAÍAS, uma obra que tudo indica ter sido escrita por um único autor, do princípio ao fim. (Veja o “post”: Isaías – um ou três?)
Por outro lado, pela mesma causa, UNIFICAM duas obras que tudo indica terem sido escritas pelo mesmo autor, mas em épocas diferentes.
No caso de Lucas, querem fazer crer que o seu evangelho, que dizem ser a “primeira parte de uma única obra”, embora tenha sido o primeiro dos dois escritos de Lucas, só teria ficado conhecido DEPOIS de terminada a escrita de Atos.

Com isso, querem fazer crer que o cerco de Jerusalém, em 66, e a destruição daquela cidade, em 70, NÃO foram profetizados ou previstos por Jesus, como Lucas mostra, pois o povo NÃO ficou sabendo dessas previsões por meio do evangelho dele, tendo em vista que tal livro só ficou conhecido depois dessas coisas ocorrerem.
Como o final de Atos deixa claro que foi terminado por volta de 62 e como fica claro que o evangelho fora terminado antes, dizem que os dois só ficaram CONHECIDOS pelo público depois de Atos e põem dúvidas sobre a data final desse último livro de Lucas.

E como a História mostra que tanto Lucas como Marcos estiveram em Roma, com Paulo, dizem que Lucas baseou-se em Marcos para escrever o seu “primeiro relato” ou seu evangelho.
No entanto, dizem que Marcos escreveu o próprio relato numa época mais tardia, do ano 65 em diante. E se Lucas tinha se baseado nele, teria escrito mais tarde ainda.

MAS não foram só Marcos e Lucas que escreveram sobre a destruição de Jerusalém.
O “primeiro evangelho”, de Mateus, também mostra a profecia de Jesus.
E existem fontes dizendo que Mateus o escrevera no ano 41 da Era Cristã.

Tudo indica, assim, que tanto o primeiro cerco como a destruição daquela cidade foram mesmo PREVISTOS por Jesus, conforme constam nesses evangelhos, escritos ANTES daqueles fatos se realizarem.
Como NÃO querem aceitar isso, fazem esses ajustes absurdos, dizendo que Chrestus não é Christus, que aquela expulsão não foi de cristãos e que os evangelhos não foram escritos antes daqueles fatos profetizados.

Suas “provas” são a diferença de uma letra, a menção ou não do termo cristão, alguma “data”, divisão ou unificação dos livros, etc. (Veja o “post”: Chrestus)
Se não é uma coisa, é outra.

Com tal comportamento, parece que “não pensam poder admitir” que as PREVISÕES existem e que, no esforço desesperado em desmenti-las, vão contra as suas próprias evidências, procurando dar aos seus argumentos um rótulo de pesquisa erudita e científica.

O interessante é que, sutilmente, esses argumentos CONTRÁRIOS às profecias ou previsões são usados até por alguns que parecem apoiar a Bíblia, como no caso do livro “E a Bíblia tinha razão...”, de Werner Keller (ou WK), edição de 1981. 



Crédito das Fotos: Postagens da Internet


CHRESTUS não é Christus






Erro bíblico (diferença de uma letra)

O escritor Werner Keller, inclusive, é um dos que afirmam que, pela diferença de uma só letra, "Chrestus NÃO poderia ser Christus" (WK fls. 333).

No entanto, quando o copista bíblico escreve o nome do rei babilônio como "Berodaque, em vez de Merodaque”, em II Reis 20:12, esse mesmo autor procura mostrar tal “ERRO” (WK fls. 235).
Neste caso, uma só letra NÃO faz diferença, pois quer se tenha escrito Berodaque, com B, ou Merodaque, com M, como em Isaías 39:1, é evidente que se trata da mesma pessoa.
Assim, uma só letra serve para mostrar o “erro bíblico”, no caso Berodaque, mas não serve para apoiar o relato bíblico, que mostra a existência dos cristãos, no caso Chrestus.

Por aí, fica claro que o que tais críticos querem, mesmo, é achar falhas na Bíblia.
Se quisessem fazer uma análise imparcial, verificando os dois lados, veriam que assim como os nomes de "Berodaque ou Merodaque", escritos com uma letra diferente, se referem à mesma pessoa, também "Chrestus ou Christus", escritos com uma letra diferente, seriam a mesma pessoa.
Uma análise honesta veria isso.
Veria mais, até.

Uma análise séria veria que as próprias Escrituras mostram que essa diferença de uma letra, no caso Berodaque, NÃO seria erro.
Isso porque alguns relatos mostram que o nome de NabucodoNosor II também foi escrito de duas formas, com “R” e com “N”, na penúltima sílaba (NabucodoRosor).
Essas passagens são feitas tanto pelo mesmo escritor, como em Jeremias 27:6 (com N) e 25:9 (com R), ou por escritores diferentes, como Daniel 3:1 (com N) e Ezequiel 26:7 (com R).
E Nabucodonosor II também era babilônio, mas de uma época mais recente do que o Merodaque (Veja a TNM).
Esse detalhe mostra que, na tradução desses nomes babilônicos, poderiam ser usadas, pelo menos, DUAS letras diferentes para uma mesma posição na escrita do nome pessoal ("M" ou "B" para Merodaque e "N" ou "R" para NabucodoNosor).

Isso não deveria causar tanta estranheza, pois até hoje tal fato ocorre.
Entre os brasileiros, por exemplo, é normal que um mesmo nome ou palavra seja escrito com uma letra diferente, como BraZ ou BráS, ManOel ou ManUel, Catorze ou Quatorze, etc.

Portanto, ao invés de mostrar um “erro”, a Bíblia mostra que os seus escritores eram independentes um do outro, pois escreviam um mesmo nome de dois modos diferentes. Apesar disso, mostra que os dois modos estão certos, considerando que um só escritor usa os dois jeitos.
Mostra, também, que os “copistas” só copiavam e não faziam “ajustes”, tendo em vista que, ao se depararem com o nome escrito com duas letras diferentes, NÃO corrigiram, mas o copiaram das duas formas.
Depois, mesmo que tivesse sido um erro de cópia, a diferença da letra, no caso bíblico, NUNCA alterou a informação histórica.
Quer se falasse em Merodaque ou Berodaque ou em NabucodoNosor ou NabucodoRosor, os que viviam naquela época sabiam de quem se tratava e de que modo se escrevia o seu nome, corretamente.

Querem ALTERAR a História

Entretanto, no caso Chrestus, as coisas MUDAM de figura.
Querem alterar a História.
Querem fazer crer que Chrestus não seria (Jesus) Christus.
Aí, não dizem que a diferença da letra seria um "erro" do copista nem admitem que um mesmo nome poderia ser escrito com duas letras diferentes numa mesma posição.
Em vez disso, INSINUAM que, por causa dessa diferença de um "E" em lugar de um "I", "um NÃO poderia ser o outro".
Na realidade, com essa hipótese, querem ANULAR o relato do historiador romano Suetônio

Busto de Suetônio, que falou de "Chrestus"

Ele disse que o Imperador Cláudio, que reinou de 41-54 da Era Cristã, "expulsou os judeus de Roma pela perturbação ou pelo alarido que faziam por Chrestus".
Assim, Suetônio parece CONFIRMAR o relato bíblico, em Atos 18:2, que mostra uma expulsão dos judeus cristãos feita por Cláudio, no ano 49 (ou 50).
Com esse "ajuste" da letra, porém, o relato secular e o relato bíblico poderiam mostrar acontecimentos diferentes, pois os líderes envolvidos não seriam a mesma pessoa.
Não se tratando da mesma pessoa, um registro não serviria para comprovar o outro.
Para acreditar em algo que está registrado na Bíblia, os críticos "precisam" achar outra informação, não bíblica, que mostre o mesmo acontecimento (neste caso, exigem "letra por letra").

Por exemplo, para comprovar a existência de Cristo e dos cristãos, fora da Bíblia, Suetônio poderia ser essa outra informação.
Mas o relato dele apresenta a diferença de uma letra, na comparação daqueles nomes.
Para os críticos, isso faz com que o mesmo não sirva para a comprovação.
Todavia, mesmo que os dois nomes fossem iguais ou existissem outras provas a respeito, arranjariam um jeito de não aceitá-las também, como no caso do "Canal de José" no Egito, de Ipuwer nas "pragas bíblicas", de Abrão e seus camelos e dos "costumes semelhantes" com os "hurritas", etc. (Veja o "post" de Êxodo e de Abraão e seus camelos...)

No entanto, a respeito da expulsão, a Bíblia dá TODOS os dados que uma informação histórica precisa ter. Dá os nomes do casal judeu cristão expulso (Áquila e Priscila), o nome de quem ordenou tal deportação (Cláudio) e o local onde ocorreu (Roma).
Portanto, o relato bíblico tem todas as características de uma afirmação histórica verdadeira.
Já no caso de "Chrestus NÃO ser (Jesus) Christus", a hipótese tem todas as características de uma desinformação ou de um "ajuste" para apoiar a teoria que defendem.

Os críticos não querem admitir que ele seria Cristo, para não mostrar a existência histórica de Jesus e para não admitir que Lucas escreveu o seu evangelho antes da destruição de Jerusalém pelos romanos, conforme visto mais acima. (Veja o "post" LUCAS escreveu).

Como o relato de Suetônio poderia confirmar a Bíblia, procuram deturpá-lo, lançando mão desse argumento, muito mais frágil. Agarram-se desesperadamente na diferença da letra contida naquele nome, para "provar" que são personagens diferentes.

No entanto, também não conseguem PROVAR que algum líder chamado Chrestus (com "e"), cujos seguidores foram expulsos de Roma pelo Imperador Cláudio, tenha existido naquele tempo. Já com os seguidores de (Jesus) Christus, no relato bíblico fica claro que eles, sim, foram expulsos por Cláudio naquele tempo, o que dá um caráter histórico àquele fato.

Assim, tudo parece indicar que Suetônio se referiu, mesmo, a Jesus Cristo.

Esses pequenos DETALHES, de como procuram manipular os fatos, servem para mostrar em quem se pode depositar verdadeira CONFIANÇA, se na Bíblia ou se nos seus críticos.





Crédito da Foto: Postagens da Internet




Jesus HISTÓRICO



Muitos "críticos" não aceitam Jesus, mas Críticos das Escrituras sempre existiram.
Gente como Marcião e Celso, por exemplo, que viveram no segundo século da Era Comum. O primeiro não acreditava no Antigo Testamento e o segundo era contra os cristãos. 
Algumas décadas depois, apareceu Porfírio, dizendo que Daniel não tinha sido escrito no tempo do exílio babilônico mas sim depois, na época Grega. 
E assim por diante.

Contudo, de meados de 1800 para cá, com o surgimento do alemão Julius Wellhausen, as coisas mudaram, na forma e no volume. (Veja o "post" de Gênesis - Moisés escreveu?)
As críticas aumentaram e NÃO pararam mais, até os dias de hoje.

Contestaram e contestam quase tudo
Tanto do Velho como do Novo Testamento. 
Dizem, inclusive, que muitos dos personagens bíblicos nem sequer existiram. 

Por exemplo, diziam que PÔNCIO PILATOS, quem condenou Cristo à morte, era um dos que não haviam existido. 
Mas, "em 1961, na Cesareia, em Israel, acharam uma pedra com as inscrições do nome e do título dele, nas ruínas de um teatro".

Ficou claro que falaram besteira. 
Porém, tal achado não os calou. 
Pelo contrário, continuaram falando besteiras ainda maiores!
Começaram a dizer, até, que o próprio JESUS CRISTO também NÃO havia existido!


 
Inscrição com o nome e o cargo de Pôncio Pilatos

No entanto, o historiador judeu Josefo, que não era cristão e que viveu na época em que os romanos destruíram Jerusalém, fez a citação da “morte de Tiago, irmão de Jesus, que era chamado de Cristo (ou Messias).”

Hoje, contudo, os críticos dizem que essa declaração talvez não tivesse sido feita por ele, pois “não é do seu estilo”
Com isso, querem dizer que houve ALTERAÇÃO na afirmação de Josefo.
Talvez queiram crer que algum cristão, no decorrer daquele tempo até o nosso, colocara essa referência a Tiago e a Cristo nos escritos dele, para que, assim, aparecessem citações sobre Cristo em outros livros históricos, fora da Bíblia (WK – fls. 333).

Entretanto, Josefo NÃO cita Jesus apenas.
Ele cita, também, o irmão carnal dele, ou seja, Tiago.
Embora a Bíblia deixe isso bem claro, que Jesus TEVE vários irmãos carnais, a maioria dos católicos, que se considera cristã, não aceita isso. (Mateus 12:47 e 13:55,56)
Veja  o “post” Irmãos de Jesus.

Assim, a "igreja" NÃO acrescentou coisa nenhuma, pois, para a Igreja Católica, Jesus NÃO teve irmãos carnais.
Portanto, ela NUNCA acrescentaria que "Tiago era IRMÃO de Jesus".
SE a "igreja” tivesse ALTERADO os escritos de Josefo, citaria apenas Jesus e NÃO citaria o seu irmão carnal Tiago.

Já se a declaração fosse feita por um judeu, não cristão, ao falar sobre o assunto, não deixaria de relatar que “aquele Messias” tivera irmão carnal, humilde. De modo que ele fora apenas um homem comum, que viera de uma família comum, que crescera num local nada importante aos olhos da elite.

Porém, o Messias que a maioria dos judeus esperavam, tanto a elite como o povo, segundo eles NÃO viria de um local esperado e não seria um homem COMUM, mas sim um rei, que os libertaria da opressão ou do domínio romano.

De forma que, para um judeu daquela época, “aquele” Cristo NÃO fora o Filho de Deus, que viera à Terra (Mateus 16:16). 
Todavia, o próprio Josefo atesta que apareceram uns “doze falsos Messias”, que tentariam livrar os judeus do poder estrangeiro.

Então, o escritor deixa bem claro que Jesus, irmão de Tiago, não era o Messias que os judeus esperavam, mas que era chamado pelo título ou que os seus discípulos PENSAVAM que ele era.
Com essa afirmação, embora NÃO o considerasse como o Messias (ou Cristo), mostra que, naquele tempo, viveu um PERSONAGEM HISTÓRICO bem conhecido, chamado Jesus, que era irmão de Tiago.

Portanto, a inclusão de Tiago na citação torna muito mais possível que ela fora feita, mesmo, por um judeu não cristão, o que se encaixaria em Josefo.
Digno de nota nesse caso é que o livro WK, apesar de dizer que "a declaração não era do estilo de Josefo"não inclui Tiago nela.

Na realidade, na sequência do livro a respeito da EXISTÊNCIA histórica de Jesus WK também cita Tácito e Suetônio, procurando mostrar, contudo, que os seus relatos não seriam muito úteis para comprovar esse fato.
Parece que NÃO querem aceitar o Jesus histórico.

# TÁCITO, escritor romano, escreveu em seus Anais, por volta de 115 EC, que o termo ou a palavra “Cristão, deriva-se de Cristo, que foi sentenciado à morte pelo Procurador Pôncio Pilatos, no tempo de Tibério (César).”
Tácito NÃO era judeu nem cristão.
Essa seria, então, uma prova imparcial. Mas WK lança dúvida se Tácito considerou tal existência como verdadeira. Na realidade, NÃO querem acreditar que existam provas dos fatos que envolvem Jesus.

# SUETÔNIO, outro romano, fez uma biografia do Imperador Cláudio, que reinou de 41 a 54 EC. Cláudio foi quem "expulsou os judeus de Roma, pela perturbação que faziam por 'Chrestus'.”
A Bíblia confirma isso, em Atos 18:2.
Entretanto, os críticos dizem que esse relato de Suetônio NÃO pode ser usado para se comprovar a existência de Cristo ou dos cristãos, pois os que foram expulsos “seguiam Chrestus, com “E”, e não Christus, com “I”.”

Dizem que essa diferença, de uma só letra, poderia fazer com que esses dois NÃO fossem a mesma pessoa! (WK – fls. 333)
Alguns escritores que falaram de Cristo e/ou dos cristãos
No entanto, não admitem que os dois seriam a mesma pessoa apenas para NÃO concordar com a historicidade da Bíblia. (Veja o "post" sobre LUCAS e sobre Chrestus)

Na realidade, Jesus talvez possa ser PROVADO até pela Ciência, por causa do Sudário de Turim, que é aquele "lençol" que teria encoberto o corpo carnal morto dele. 
O Sudário foi o "pano" MAIS examinado pela Ciência, no século 20, e usaram tecnologia avançada para isso.
Aquelas características do "lençol" são como uma "impressão digital", que NÃO se encaixam em mais ninguém, a não ser em Jesus Cristo.

No entanto, acham que o exame "ainda não foi conclusivo". 
Porém, SE examinassem qualquer OUTRO personagem histórico, com apenas uns 10 % das evidências que acharam no Sudário, já o teriam IDENTIFICADO. 
Contudo, como se trata de Jesus e PARECE que não querem identificá-lo, mesmo que achassem 100 % das evidências, ainda diriam que "NÃO seriam conclusivas". (Veja o "post" SUDÁRIO...)



Crédito das Fotos: Postagens da Internet


URNA de Tiago é verdadeira





Urna funerária de Tiago

Em fins de 2002, foi achada uma "urna funerária" (ou uma pequena "caixa"), na qual eram depositados os ossos da pessoa. 
O tipo dessa urna achada, somente foi usado no primeiro século cristão, até 70 da Era Comum, ou seja, somente foi usado no tempo em que Jesus, seu pai e seus irmãos viveram.

Ela tem a seguinte INSCRIÇÃO, em aramaico:
"Tiago, filho de José, irmão de Jesus."
O retângulo negro mostra o local da INSCRIÇÃO, em detalhe no pé da foto

Algum tempo depois, numa viagem ao Canadá, a Urna sofreu um “acidente” e trincou, ou rachou, no lugar da inscrição.
Poderia ser a PRIMEIRA prova material a respeito de Jesus.
No entanto, NÃO querem aceitá-la também. 

Dizem que “os nomes Tiago, José e Jesus eram comuns no primeiro século, pois. existiam muitos com esses nomes."

Todavia, a forma com que foi feita a inscrição, mostra que se tratava de personagens mais famosos.
Naquele tempo, apresentava-se somente o nome do "filho e do pai".
Isso era normal. Quase todos faziam assim.
Mas o "irmão" NÃO era apresentado.
Só se apresentava o nome do irmão, quando este era CONHECIDO e tinha destaque.

Então, se Tiago mencionou que era "irmão de Jesus", era por que esse Jesus tinha sido alguém muito conhecido, que havia tido DESTAQUE naquela época.
Portanto, poderiam ter muitos "Tiagos, filhos de Josés", mas na certa só teria UM "Tiago, filho de José e irmão de Jesus".
Aliás, isso vai ao encontro da declaração de Josefo, que também fez uma declaração parecida
(veja o "post": Irmãos de Jesus)

No entanto, NÃO querem aceitar a declaração de Josefo nem a declaração da urna funerária.
Dizem que ela poderia ter sido falsificada, pois uma parte teria sido escrita no estilo formal e outra parte teria sido escrita no estilo informal.
Assim, haveria uma DIFERENÇA nas letras dela.

Entretanto, André Lemaire, pesquisador francês especializado em aramaico pela Universidade de Sorbonne, que se tornou o primeiro a analisar a inscrição, voltou a defender a autenticidade da frase esculpida na urna funerária.
Quando observei a inscrição, não vi essa diferença. Na segunda parte da frase, também há a presença de uma escrita formal, embora haja duas letras em estilo informal. Mas a mistura dos dois gêneros de escrita também é comum em outras inscrições”, disse o pesquisador, cuja análise sobre a urna foi publicada pela revista Biblical Archaelogy Review, ou BAR, no fim de outubro de 2002.

Essa questão, de falsidade ou não, foi parar num Tribunal de Israel, a partir de 2004/2005, mas, depois de uns sete ou oito anos, eles COMPROVARAM que a “urna” é AUTÊNTICA, proferindo a sua decisão em 14/3/2012.

O site abaixo mostra a matéria feita pela revista BAR (acima citada), traduzindo a página original, em Inglês. 
Inclusive, nessa reportagem, é mostrado como os peritos da  IAA, ou da Autoridade de Antiguidades de Israel, fizeram de tudo para IMPEDIR que a Urna fosse declarada autêntica.


Ainda assim, alguns acreditam que a inscrição teria sido ALTERADA por alguns cristãos posteriores, bizantinos, que quiseram prestar uma "homenagem" a ele.

No entanto, como lembrou Peter Richardson, no período bizantino ou em qualquer outro, as pessoas se referiam a Tiago como "irmão do Senhor”, ou irmão do “nosso Senhor”, conforme o próprio apóstolo Paulo havia feito em Gálatas 1:19.
Portanto, quando outras pessoas se referiam a ele, principalmente se fossem seus seguidores, NÃO o chamavam de "irmão de Jesus".
Por isso, somente alguém muito chegado a Tiago, como a família ou ele próprio, antes de morrer, teria feito a inscrição.
Na sepultura ou na "urna" deveriam constar, apenas, os laços FAMILIARES entre ele e Jesus. Não precisaria constar o título "Senhor", que Jesus havia tido em relação a ele e a todos os outros.


De modo que a inscrição teria sido feita por alguém da própria família ou por alguém que NÃO era seu seguidor.
Isso pode ser visto, também, na afirmação de Flavio Josefo, onde disse que "Tiago era IRMÃO de Jesus".
Note que ele NÃO o chamou de "irmão do Senhor", como o apóstolo Paulo o havia chamado (Gálatas 1:19), pois Josefo não era cristão).

De qualquer forma, parece que NÃO querem aceitar a declaração de Josefo nem da urna funerária.
E se descobrirem provas parecidas, no FUTURO, tudo indica que NÃO as aceitarão também.
SE não quiserem aceitar algo, NÃO haverá prova que os faça aceitar.
Sempre acharão um jeito de deturpar ou de "ajustar" os achados ou as provas existentes, que favorecem a exatidão bíblica, como já fizeram com José do Egito, Papiro Ipuwer das “pragas do Êxodo”, o rei Davi e seu filho Salomão, 
Isaías, Daniel, Chrestus, etc., etc.



Crédito da Foto: Postagens da Internet