Erro bíblico
(diferença de uma letra)
O escritor Werner Keller, inclusive, é um dos que afirmam que, pela diferença de uma só
letra, "Chrestus NÃO poderia ser Christus" (WK fls. 333).
No entanto, quando o copista bíblico escreve o nome do rei babilônio
como "Berodaque, em vez de Merodaque”, em II Reis 20:12, esse mesmo autor
procura mostrar tal “ERRO” (WK fls.
235).
Neste caso, uma só letra NÃO faz diferença, pois quer se tenha escrito Berodaque,
com B, ou Merodaque, com M, como em Isaías 39:1, é evidente que se trata da
mesma pessoa.
Assim, uma só letra serve para mostrar o “erro bíblico”, no
caso Berodaque, mas não serve para apoiar o relato bíblico,
que mostra a existência dos cristãos, no caso Chrestus.
Por aí, fica claro que o que tais críticos querem, mesmo, é achar falhas na Bíblia.
Se quisessem fazer uma análise imparcial, verificando os dois lados,
veriam que assim como os nomes de "Berodaque ou Merodaque", escritos
com uma letra diferente, se referem à mesma pessoa, também
"Chrestus ou Christus", escritos com uma letra
diferente, seriam a mesma pessoa.
Uma análise honesta veria
isso.
Veria mais, até.
Uma análise séria veria que as próprias Escrituras mostram que essa
diferença de uma letra, no caso Berodaque, NÃO seria erro.
Isso porque alguns relatos mostram que o nome de NabucodoNosor II também foi escrito de duas
formas, com “R” e com “N”, na penúltima sílaba (NabucodoRosor).
Essas passagens são feitas tanto pelo mesmo escritor, como em Jeremias
27:6 (com N) e 25:9 (com R), ou por escritores diferentes, como Daniel 3:1 (com
N) e Ezequiel 26:7 (com R).
E Nabucodonosor II também era babilônio, mas de uma época mais recente
do que o Merodaque (Veja a TNM).
Esse detalhe mostra que, na tradução desses nomes babilônicos, poderiam
ser usadas, pelo menos, DUAS letras diferentes para uma mesma posição na
escrita do nome pessoal ("M" ou "B" para Merodaque e
"N" ou "R" para NabucodoNosor).
Isso não deveria causar tanta estranheza, pois até hoje tal fato
ocorre.
Entre os brasileiros, por exemplo, é normal que um mesmo nome ou palavra
seja escrito com uma letra diferente, como BraZ ou BráS, ManOel ou ManUel,
Catorze ou Quatorze, etc.
Portanto, ao invés de mostrar um “erro”, a Bíblia mostra que os seus
escritores eram independentes um do
outro, pois escreviam um mesmo nome de dois modos diferentes. Apesar disso,
mostra que os dois modos estão certos, considerando que um só escritor usa os
dois jeitos.
Mostra, também, que os “copistas” só copiavam e não faziam “ajustes”,
tendo em vista que, ao se depararem com o nome escrito com duas letras
diferentes, NÃO corrigiram, mas o copiaram das duas formas.
Depois, mesmo que tivesse sido um erro de cópia, a diferença da letra,
no caso bíblico, NUNCA alterou a informação histórica.
Quer se falasse em Merodaque ou Berodaque ou em NabucodoNosor ou
NabucodoRosor, os que viviam naquela época sabiam de quem se tratava e de que
modo se escrevia o seu nome, corretamente.
Querem ALTERAR a
História
Entretanto, no caso Chrestus, as coisas MUDAM de figura.
Querem alterar a História.
Querem fazer crer que Chrestus não seria (Jesus) Christus.
Aí, não dizem que a diferença da letra seria um "erro" do
copista nem admitem que um mesmo nome poderia ser escrito com duas letras
diferentes numa mesma posição.
Em vez disso, INSINUAM que, por causa dessa diferença de um
"E" em lugar de um "I", "um NÃO poderia ser o
outro".
Na realidade, com essa hipótese, querem ANULAR o relato do historiador
romano Suetônio
Ele disse que o Imperador Cláudio, que reinou de 41-54 da
Era Cristã, "expulsou os judeus de Roma pela perturbação ou pelo
alarido que faziam por Chrestus".
Assim, Suetônio parece CONFIRMAR o relato bíblico, em Atos 18:2, que
mostra uma expulsão dos judeus cristãos feita por Cláudio, no ano 49 (ou 50).
Com esse "ajuste" da letra, porém, o relato
secular e o relato bíblico poderiam mostrar acontecimentos diferentes, pois os
líderes envolvidos não seriam a mesma pessoa.
Não se tratando da mesma pessoa, um registro não serviria para comprovar
o outro.
Para acreditar em algo que está registrado na Bíblia, os críticos
"precisam" achar outra informação, não bíblica, que mostre o mesmo
acontecimento (neste caso, exigem "letra por letra").
Por exemplo, para comprovar a existência de Cristo e dos cristãos, fora
da Bíblia, Suetônio poderia ser essa outra informação.
Mas o relato dele apresenta a
diferença de uma letra, na comparação daqueles nomes.
Para os críticos, isso faz com que o mesmo não sirva para a comprovação.
Todavia, mesmo que os dois nomes fossem iguais ou existissem outras
provas a respeito, arranjariam um jeito de não aceitá-las também, como no caso
do "Canal de José" no Egito, de Ipuwer nas "pragas
bíblicas", de Abrão e seus camelos e dos "costumes semelhantes"
com os "hurritas", etc. (Veja o "post" de Êxodo e de Abraão e seus camelos...)
No entanto, a respeito da expulsão, a Bíblia dá TODOS os dados que uma
informação histórica precisa ter. Dá os nomes do casal judeu cristão expulso
(Áquila e Priscila), o nome de quem ordenou tal deportação (Cláudio) e o local
onde ocorreu (Roma).
Portanto, o relato bíblico tem todas as características de uma afirmação
histórica verdadeira.
Já no caso de "Chrestus NÃO ser (Jesus) Christus", a hipótese
tem todas as características de uma desinformação ou de um "ajuste" para
apoiar a teoria que defendem.
Os críticos não querem admitir que ele seria Cristo, para não mostrar a
existência histórica de Jesus e para não admitir que Lucas escreveu o seu
evangelho antes da destruição de Jerusalém pelos romanos, conforme visto mais
acima. (Veja o "post" LUCAS escreveu).
Como o relato de Suetônio poderia confirmar a Bíblia,
procuram deturpá-lo, lançando mão desse argumento, muito mais frágil.
Agarram-se desesperadamente na diferença da letra contida naquele nome,
para "provar" que são personagens diferentes.
No entanto, também não conseguem PROVAR que algum líder chamado Chrestus
(com "e"), cujos seguidores foram expulsos de Roma pelo Imperador
Cláudio, tenha existido naquele tempo. Já com os seguidores de (Jesus)
Christus, no relato bíblico fica claro que eles, sim, foram expulsos por Cláudio
naquele tempo, o que dá um caráter histórico àquele fato.
Assim, tudo parece indicar que Suetônio se referiu, mesmo, a Jesus
Cristo.
Esses
pequenos DETALHES, de como procuram manipular
os fatos, servem para mostrar em quem se pode depositar verdadeira
CONFIANÇA, se na Bíblia ou se nos seus críticos.
Crédito da Foto: Postagens da Internet
Não houve alteração, ele escreveu chrestus, talvez esse termo seja o termo grego do primeiro seculo para christus, haja vista as referencias do codex sinaíticus em salmos 104:15, nesse verso no codex sinaíticus aparece a palavra Chreiston(acusativo de Chreistos) que é Chrestos. Pedro no codex sinaíticus também escreve chrestianos. Então não é um erro, talvez o termo deve ter sido mudado. Mesmo assim não estou convencido que esse chrestus seja Cristo ainda. Quero ter certeza ainda do termo, se ele tiver citado um nome de um dos líderes desses Judeus que até poderiam ser "cristãos", ou chrestus fosse um escravo, não dá pra saber, ainda mais com a evolução linguística afetando a etimologia o tempo todo. Mesmo assim, foi muito boa a sua exposição.
ResponderExcluirTalvez Suetônio não soubesse que o líder dos crestianos já estivesse morto. Suetônio era um pagão e não sabia quase nada sobre os cristãos.
ResponderExcluirTanto chrestus como christus são palavras e não nomes. Chrestus significa bom, útil e christus significa ungido, escolhido. Eram termos comuns naquele tempo. Os essênios da Palestina chamavam o seu messias de "Mestre da Justiça", mas os essênios gentios chamavam ele de Chrestus. Foi um messias mítico que teria vindo ao mundo uns 200 anos a.C. Esses judeus expulsos de Roma por Cláudio podem ter sido essênios que causavam pertubações instigados pela crença que tinha em Chrestus, o messias deles. Nada haver com Jesus.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirA expulsão dos seguidores de "Chrestus", pelo Imperador Cláudio, não tem "Nada a ver com Jesus"? Não é o que parece, pela Bíblia. Atos 18:2 diz claramente que Priscila (ou Prisca) e Áquila, que NÃO eram "seguidores de Chrestus" e sim de Jesus, foram EXPULSOS por Cláudio.
ExcluirO imperador Cláudio expulsou os judeus que lá já estavam, esses judeus provavelmente estavam causando tumulto em Roma, e não tem nada a ver com o fato de serem cristãos.
ExcluirChrestus é um termo utilizado pelos antigos para se referir ao "Logus", em termos macrocósmicos", considerando-se haja uma hierarquia inteligível na qual se destaca "Sirius" (Logus Galáctico), "Heliun" (Logus Estrelar), e "Sophia" (Logus Telúrico). Quanto ao termo Christus trata-se de uma referencia ao Logus Microcósmico (Homem). Esta distinção fez toda a diferença no passado, num período que a existência ou presença de um Logus Humano foi contestada.
ResponderExcluirARGUMENTO FALACIOSO, POIS Chrestus E Christus NUNCA FORAM NOMES PRÓPRIOS, SÃO APENAS ADJETIVOS.
ResponderExcluirChrestus era o nome/apelido do irmão de Mitridate VI senhor das forças armadas de Parta.contemporaneo de Jesus
ExcluirOu a verdadeira origem do personagem mítico Jesus.
ExcluirDesonesto é chamar um livro com tantas falhas de: "palavra de Deus".
ResponderExcluir