domingo, 11 de janeiro de 2009

GUERRAS - A Bíblia justifica Israel?





Nos últimos dias de 2008, o mundo ficou CHOCADO com o ataque de Israel na "faixa de Gaza".
De lá para cá, tiveram novas escaramuças.

Imagem de uma guerra

Muitos israelenses se apoiam no Velho Testamento para justificar a sua “posse” da terra em que vivem atualmente e, também, para “justificar a guerra ou as mortes que causam”. 

Alguns acham, até, que o Deus de Israel, nos escritos hebraicos, é um “Deus de guerra”.  
São relatados muitos casos de guerras e de outras mortes, com a participação de Deus.
Portanto, por essa comparação, se sentem justificados.

Mas e se houvesse tido uma MUDANÇA na forma de adoração a Deus?  
Claro que teriam de ser avisados antes que, a partir de um certo tempo, as coisas mudariam. 

Porém e se fossem avisados e NÃO entendessem? 

Justificaria que continuassem com a forma de adoração que tinham antes?  
O ponto principal, então, seria ENTENDER a mudança ocorrida.  
Grosso modo, seria comparável aos sistemas de governos atuais. 
Se viviam num sistema Monarquista e, depois, passassem a viver num sistema Presidencialista, democrático, muitas coisas mudariam na condução de suas vidas.  
O que valeu antes, poderia não valer depois
MUDOU o estilo de governo. 
Os direitos e deveres dos cidadãos continuariam, mas mudaria a forma de observá-los ou de segui-los.  É mais ou menos o que aconteceu em Israel.  

Já no exílio de Babilônia (mais ou menos 600 a.C.), Jeremias 31:31-33 diz que “... Deus faria um NOVO concerto... e que escreveria a Sua Lei no interior ou no coração dos israelitas  (a Lei não mais seria escrita no papel, como a de Moisés)”.  
Para quando seria isso? Quando tal mudança seria aplicada?  
Os judeus tinham dificuldade de ENTENDER.  
Tanto que Jesus veio, em carne e osso, fez a sua obra no meio deles e NÃO o reconheceram, exatamente como Isaías 6:9,10 havia previsto e como Mateus 13:13-15 mostra.  

Tão acostumados estavam com o seu modo de vida, que a maioria considerava “aprovado por Deus”, que não perceberam que as ALTERAÇÕES seriam aplicadas com a primeira vinda de Cristo.
Até hoje, em 2015, parecem que ainda NÃO entendem bem o que a Bíblia diz, pois ACHAM que o novo Estado de Israel será ATACADO por um grupo de nações, lideradas pela Rússia (veja mais detalhes no "post" de Gogue). 

Mas, depois da morte de Cristo, as coisas MUDARIAM, até para Israel.
O escritor de Hebreus 8:7-13 explica bem isso.
Ele diz:: 
“SE aquele concerto ou pacto anterior (mediado por Moisés) tivesse dado certo, Deus NÃO procuraria fazer um NOVO (mediado por Jesus)”. 

Não é evidente?  
SE o concerto anterior funcionasse, não se precisaria fazer um concerto novo.  
Então, como o pacto anterior não funcionou, seriam necessárias ALTERAÇÕES no trato entre Deus e Israel.  

Essas alterações foram introduzidas por Cristo.  
E Jesus foi bem claro, quando disse aos judeus:  
“Ouvistes o que foi dito: olho por olho e dente por dente. EU porém vos digo que não resistais ao mal... Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiará o teu inimigo. EU porém vos digo: Amai a vossos inimigos... fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam... sede perfeitos como vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:38-48).  

Assim, Jesus citou o Deus de Israel (Êxodo 3:14,15), que continuava “no céu”. mas que NÃO era apenas o "Deus dos judeus", pois era o ALTÍSSIMO sobre toda a Terra (Salmos 83:18, ou 82:18 em algumas versões).  
Jesus disse que “apenas repetia o que tinha ouvido Dele” (João 8:26-28). 
Parece claro, portanto, que a adoração a Deus, que os judeus tinham, se UNIFICARIA com os ensinos deixados por Cristo (Mateus 22:36-40 - Gálatas 3:28,29).  

A partir de Jesus, a adoração a Deus seria feita do mesmo modo, para todas as nações (Atos 10:34,35 - Gálatas 3:28,29).  
Não há como se justificar uma ação de guerra, usando-se apenas o Velho Testamento. 
A guerra NÃO se justificaria pelo Novo Testamento.  
As duas partes da Bíblia, ou os DOIS "testamentos",  estão relacionadas e se completam.  

Tanto que o apóstolo Paulo, que antes de se converter entendia e seguia corretamente a “Lei de Moisés” (Filipenses 3:4-8) e que, como fariseu, chegou a “participar na morte dos primitivos cristãos” (Atos 8:1), deixou bem claro, depois que se tornou cristão, que uma morte ou uma guerra carnal “NÃO se justificava mais” (2 Coríntios 10:3-6).

Até a sua conversão, Paulo tinha usado, apenas, o Velho Testamento. 
O "novo" ainda estava sendo escrito. 
Mas os apóstolos e discípulos viram que, a partir de Cristo, de acordo com o que eles próprios ensinavam, as atitudes cristãs seriam outras. Assim, se reuniram e determinaram como seria feita a adoração a Deus, dali para a frente (Atos 15:23-28).  

O próprio apóstolo Paulo, por exemplo, por usar apenas o Velho Testamento, chegou a participar da MORTE de Estevão. 
No entanto, NUNCA teria feito isso se já tivesse a genuína fé cristã (Mateus 5:38-48).
Portanto, depois de verificar a besteira que havia feito, ele sabia que, para seguirem a Deus corretamente, os cristãos NÃO poderiam usar, apenas, os escritos hebraicos, mas teriam de usá-los em CONJUNTO com os escritos gregos, que os apóstolos e discípulos, inclusive ele, estavam escrevendo naquela época e que, no futuro, seriam incluídos na Bíblia (2 Pedro 3:15,16).

Ele fez questão de dizer: "TODA a Escritura é proveitosa para ensinar e corrigir..." (2 Timóteo 3:16) 
Não há como se escapar disso.  
Toda a Escritura” engloba tanto os escritos hebraicos como os escritos gregos.  
Numa Bíblia completa, reunindo os dois “testamentos”, NÃO há como justificar uma matança, mesmo porque "as armas do cristão NÃO são carnais" (2 Coríntios 10:3-6 - Romanos 12:17-19). 

Assim, uma GUERRA não mais se justifica, depois de Jesus.
Nem do lado de Israel nem do lado da Palestina (e de nenhum outro lado).

PORÉM, parece que eles ainda conseguirão a PAZ, pois o mundo todo só terá "paz", quando esse conflito de judeus e palestinos terminar. Enquanto as hostilidades continuarem, ninguém viverá sossegado (Veja o sub-título "Dois pontos decisivos" no "post" VOLTA de Cristo).



Crédito da imagem: Postagens da Internet


2 comentários:

  1. Gostei imensamente de tudo que li.

    Parabéns pelo teu conhecimento bíblico. Achei incrível comentar e se reportar às citações da Bíblia.

    Luz!!(Maria de Fátima)

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  2. Li algumas das suas postagens, e gostei muito.
    Obrigada por compartilhar!
    A internet é um método rápido para divulgar as verdades bíblicas (Mateus 24:14)

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