domingo, 25 de outubro de 2009

REGISTROS egípcios e assírios. Corregentes





Os registros egípcios NÃO eram lá essas coisas.
Por exemplo, o Faraó Ramsés II era considerado um grande construtor.
Depois, descobriu-se que ele, apesar de ter construído algumas coisas, alterou registros, incluindo obras de outros como se fossem suas.
E isso não ocorreu somente com ele. 
Outros faraós também fizeram a mesma coisa. 

Tutmés III, quando subiu ao trono, APAGOU tudo que dizia respeito à sua madrasta, Hatchepsut, que governara antes dele.

Já com a Bíblia NÃO ocorre isso.
O Rei Davi quis construir o primeiro Templo de Jerusalém, mas não o construiu.
Quem o construiu foi seu filho Salomão. 
Contudo, NÃO se alterou a informação. 


Uns “noventa anos depois”, o Rei Onri (ou Amri), de Israel, construiu a sua capital Samaria. Depois, no tempo do seu filho e sucessor, ACABE, a cidade de Jericó foi reconstruída por Hiel.
Mais tarde, no Império Medo-Persa, o Templo de Salomão, que fora destruído por Nabucodonosor II, foi reconstruído parcialmente.

Pouco antes de Jesus aparecer, o Rei HERODES, o Grande, reformou e/ou completou esse “segundo (ou terceiro) Templo”.
E Herodes não era judeu, mas edomita (ou idumeu). 
Assim, a Bíblia mostra que, não importa se é construção ou reconstrução, feita por gente aprovada ou não no conceito de Deus, o CRÉDITO da obra é para quem a fez.

Uns 520 anos depois do Êxodo, o filho de Salomão, Roboão, que era o rei de Judá, foi invadido pelo Faraó Sisaque (ou Sesac ou Shishaq), que capturou muitas de suas cidades (fora da Bíblia, Sisaque é conhecido como Sheshonk).
Claro que foi uma grande VITÓRIA do Egito.
Será que a relataram? 

Foram achadas inscrições em Megido (Judá) e em Carnac (Egito), que comprovam essa vitória. 
E a Bíblia, que mostrou a vitória no Êxodo, será que mostra, também, essa DERROTA?

Mostra, em II Crônicas 12:1-9.
E não mostra essa derrota, apenas, mas outras também, como a que causou a morte do bom Rei Josias, pelo Faraó Neco, etc. (II Reis 23:28-30 e II Crônicas 35:20-24).

 
Inscrição achada em Carnac mostra a VITÓRIA de Sisaque sobre Roboão

Diziam que NÃO havia registros de Israel, no Egito.
Mas, depois, quando acharam a “estela do Faraó Mernepta”, descobriram que nela CONSTA o nome de Israel (porém aí também mostra uma VITÓRIA dos egípcios).
Os “críticos” diziam que Mernepta seria o Faraó do Êxodo  (ou ele ou Ramsés II, que governaram entre os anos 1200 a 1300 a.C.).
HOJE, em 2015, já aceitam que o Êxodo se deu nos anos 1500 a.C., EXATAMENTE como a Bíblia diz (Veja  o “post” CRONOLOGIA).

Estela de Mernepta, onde os retângulos escuros mostram o nome de Israel

Essa “estela”  mostra também que as inscrições egípcias NÃO eram feitas pelas “letras do ALFABETO” e sim com “hieróglifos” (ou com desenhos).
No tempo de Mernepta (de 1200 a 1300 a.C.) eles AINDA não usavam um alfabeto.
A escrita “demótica” egípcia, com letras, só começou a ser usada, dos anos 700 a.C. para cá (alguns dizem que foi de cerca de 400 a.C. para cá).
Portanto, os judeus já tinham e já usavam um ALFABETO muito antes dos egípcios (veja o “post” Gênesis – Moisés escreveu?).

Mas essa forma de REGISTRAR os seus feitos, só quando lhes favoreciam, deixa bem claro por que os registros bíblicos são mais CONFIÁVEIS, pois seus escritores relatavam TUDO,  tanto os seus “prós como os contras”, tanto as suas vitórias como as suas derrotas.

Na CRONOLOGIA ou na contagem do tempo dos egípcios, também há muita diferença.
Dizem que cerca de 30 (trinta) dinastias de reis e/ou faraós governaram, em sequência, por um período de 3000 anos AEC.
Porém, pela cronologia bíblica, que é a mais confiável  de que dispomos, isso simplesmente é impossível, tendo em vista que os egípcios são descendentes de MIZRAIM (Gênesis 10:6,13), que foi um dos filhos de Cã (ou Cam), que foi filho de Noé. 
Sendo assim, Mizraim, por ser NETO de Noé, só teria nascido depois do Dilúvio, que a Bíblia indica ter acontecido no ano 2370 AEC. 
Portanto, o máximo de tempo que os governantes egípcios poderiam ter existido, um após o outro, seria do tempo de Misraim até o início da Era Comum (até hoje os egípcios chamam o seu país de “Mizr”, porque sabem que foram fundados por MIZRaim).

De forma que o tempo real da origem dos egípcios até o início da Era Cristã seria de uns 2.300 anos apenas.
Se houve, mesmo, essa linhagem de reis, muitos deles foram corregentes (ou governaram juntos). Dois ou mais deles governaram toda aquela nação ao mesmo tempo ou cada um deles governou uma parte da nação ao mesmo tempo.
Somente assim atingiriam os 3.000 anos.


Reinando ao mesmo tempo - Juízes

Até nessa parte, porém, a de alguns governarem juntos em um tempo que não se pode determinar, a não ser por informações fora daquele relato específico, a Bíblia leva vantagem.

Por exemplo, os JUÍZES julgaram a nação de Israel, depois de Josué até Saul, o primeiro rei.

Ao se contar o tempo de cada um deles, em sucessão, o total “não bate” com os cerca de 350 anos de Josué até Saul (de 1467 a 1117 AEC). 
No período seguinte ao dos Juízes, que foi o período dos REIS de Judá e de Israel, também há uma diferença, referente aos reis de Judá, de 3 (três) anos.
Contando-se direto de Roboão (997 AEC) até Zedequias (607 AEC), dariam 390 anos. Todavia, contando-se “um a um”, de Roboão até Zedequias (ou Sedecias), a soma deles com todos os outros daria 393 anos.

Isso mostra que, nesses períodos, expresso ou não pela Bíblia, houve pelo menos uma  corregência. 
Em algum tempo, na época dos Juízes, dois ou mais deles atuaram ao mesmo tempo. 

E na época dos Reis, em algum tempo, pelo menos DOIS deles governaram no mesmo período. Nesse caso, para uma contagem geral, do início ao fim, deve-se considerar o tempo de um deles apenas. Se um governou seis anos junto com outro e treis anos sozinho, por exemplo, não se contaria 15 anos (6+6+3), mas somente 9 anos (6+3).

A Bíblia, com o CRUZAMENTO dos seus dados, dá mais certeza das coisas, pois se uma parte não dá todas as informações, outra parte as completa.


Quando não as completa, como no caso do período dos Juízes, contando-se os anos de cada um, ela mostra que a soma sucessiva levaria a um erro grosseiro.
Tanto que o Apóstolo Paulo, ao citar esse período, em ATOS 13:20, diz que “após Josué, deu-lhes Juízes, até Samuel, o profeta” (que ungira Saul como primeiro rei).
Nota-se que ele não levou em consideração, assim, os anos isolados de cada um deles.

Por outro lado, alguns confundem o texto acima, quando Paulo cita um período de “450 anos”.

Paulo esclarece que de Josué, 46 anos depois do Êxodo, na divisão da terra (ou em 1467), para trás, passaram-se 450 anos, que levariam ao tempo de Abraão (1917), quando Isaac tinha cerca de 1 (um) ano (1467 + 450 = 1917 AEC).
Já o tempo dos Juízes foi MENOR do que 450 anos, pois só foi de Josué para a frente, até o Rei Saul. Os Juízes duraram cerca de 350 anos (Veja o “post” CRONOLOGIA).

Portanto, mesmo num período CONFUSO, como os anos de cada juiz, a Bíblia permite o entendimento correto, com o cruzamento de outros dados.

Já a cronologia das nações, inclusive do Egito, não permite isso.
Baseados nela, ACHAM que o Êxodo se deu em 1300 AEC mais ou menos e que o faraó era Ramsés II. Outros dizem que era Mernepta (ou Merneptah).

Na realidade, ninguém sabe quem foi o Faraó do Êxodo e a Bíblia NÃO diz o seu nome.
Acham que os egípcios governaram, em sequência, por 3000 anos AEC, o que parece não ser possível.

Como sempre, ao PREFERIREM os dados das nações ao invés dos bíblicos, mesmo quando os das nações são contrários a toda seriedade, procuram negar que a Bíblia talvez seja, mesmo, “a palavra de Deus”, pois se lhe derem razão, reconhecendo a sua inspiração divina, teriam, mais cedo ou mais tarde, de reconhecer que a Bíblia parece mostrar uma sequência HISTÓRICA, desde o primeiro homem, que está relacionada com um propósito divino.

Como não querem aceitar isso, alguns críticos têm motivos para que a Bíblia não seja digna de crédito, pois se assim fosse não se poderia comprovar esse propósito de Deus.

A Bíblia não sendo digna de crédito e as pessoas não tendo sido feitas por um Criador, NINGUÉM teria de "prestar contas a ninguém". As pessoas seriam “donas dos seus próprios narizes” e fariam o que bem entendessem, sem nenhum freio nem responsabilidade.
Dessa forma, para alguns, é conveniente que Deus NÃO exista.
Assim, não precisariam prestar contas dos seus atos.
Daí o empenho, por vezes até doentio e irracional, em tentar desacreditar a Bíblia, de modo sutil ou não.

De Saul até Acabe

Do Êxodo até o INÍCIO da construção do primeiro Templo, pelo Rei Salomão, passaram-se 479 (quatrocentos e setenta e nove) anos e um pouco, pois a Bíblia diz que isso aconteceu no “480° ano” após a saída do Egito (1 Reis 6:1).
Por terem saído do Egito em 1513 AEC, essa construção começou em 1034 AEC (1513 menos 479).
Como esse era o “quarto ano do seu reinado”, Salomão começara a reinar 3 (três) anos e um pouco atrás. 
Assim, ele começou em 1037 AEC

Se Salomão começou em 1037, seu pai Davi começara quarenta anos atrás, ou em 1077, e o Rei Saul começara quarenta anos ANTES de Davi, ou em 1117 AEC.

Como já visto, o Faraó Sisaque (ou Shishaq na TEB), que ficou conhecido na História secular como Chechonque I (ou Sheshonk I), invadiu Judá, “no quinto ano de Roboão”, que seria quatro anos e pouco depois que ele se tornou rei.
Roboão, filho de Salomão, começou em 997 AEC, ou quarenta anos depois de seu pai. 

A invasão, feita por Sisaque, se deu então no ano 993 AEC (997 menos 4).
Werner Keller, na fls. 189 do seu livro, diz que essa invasão ocorreu em 922 AEC.

Por volta de 945 AEC, o Rei ONRI, de Israel, pai de Acabe, construiu a sua capital, Samaria.
Do início de Roboão, rei de Judá, até a morte do Rei Acabe, de Israel, passaram-se cerca de 77 (setenta e sete) anos.
Portanto, Acabe MORREU por volta do ano 920 AEC (997 menos 77).
Veja 1 Reis 14,2l - 15,2,10 - 22,4l,42,52 (Antes da primeira vírgula, representa o capítulo; depois da primeira vírgula, representa (m) o (s) verso (s) ou versículo (s), segundo a TEB).

O Rei Acabe, de Israel, morreu em batalha com os sírios de Ben-Hadade. 
Muitos críticos insistem em relacionar a história de Israel e a da Assíria, no período de 911 a 649 AEC, com os registros assírios. 

Por exemplo, dizem que o Rei Acabe esteve na “batalha de Carcar", contra os assírios, em 853 AEC. Dizem que o “epônimo Bur-Sagale” ocorreu em 763 AEC, pois fora marcado por um eclipse solar ocorrido neste último ano. Com isso, querem dizer que alguém chamado “Bur-Sagale” vivera e fizera algo notável naquele ano.
Assim, esse feito seria lembrado como algo acontecido em 763 AEC. A comprovação seria dada pelo ECLIPSE, que também ocorreu no mesmo ano.

A batalha de Carcar, segundo eles, fora travada 90 (noventa) anos antes desse eclipse. Portanto, a partir de 763 AEC, contam 90 anos (ou epônimos) para trás, chegando a 853 AEC (763 + 90).
O referencial é o ECLIPSE.
Mas em outros anos também houve eclipses, como em 807 – 817 – 857, etc. Porém, decidiram por ou escolheram o de 763 AEC, pois segundo eles “desviar desse ANO causaria confusão”.

A batalha de Carcar foi entre os sírios contra os assírios e a nação de Israel era inimiga dos dois. Nessa condição, dificilmente se uniria aos sírios numa guerra.
Porém, entre os participantes dela, acharam um tal de “AHABU sirilai” ou “Acabe sirileu”, como WK diz na pág. 213 do seu livro.
Bastou o nome idêntico para os críticos dizerem, HOJE, que se trata do mesmo Rei Acabe, de Israel.
Contudo, os assírios NUNCA o tratavam de “Ahabu”, considerando que, quando se referiam a ele, chamavam-no de “Bit-Humri”, que significa “filho ou sucessor de Humri”.
Esse Humri era o Rei Onri (ou Omri ou Amri), pai de Acabe.

E o gozado é que, entre os participantes reais que estiveram naquela batalha, “acharam a expressão semita “Musri (ou Misr)”, que sempre se refere à nação do Egito”, pois esse nome deriva-se de MIZRaim, que deu origem aos egípcios.
No entanto, dizem que “é provável que ela NÃO se refira aos egípcios”.
Ora, se uma expressão (Mizr), usada como sempre foi, não se refere àquele povo, como é que outra expressão (Ahabu), usada como nunca foi, pode referir-se ao rei de Israel?
Parece que tentam fazer um “ajuste”.

Reis assírios

Pouco depois da morte de Acabe, Jeú tornou-se o rei de Israel.
Acharam uma inscrição dele pagando tributos ao Rei Salmaneser III.

Em vez de ser Jeú, poderia ser um enviado dele.
A Bíblia diz que alguns reis israelitas pagaram tributos aos assírios, mas não cita Jeú entre eles.
Sendo o Rei Jeú ou não, porém, nessa inscrição aparece a expressão “Bit-Humri”, que era, realmente, como os assírios se referiam aos reis de Israel, conforme o próprio WK concorda na pág. 220 do seu livro.

 
Judeus (ou Jeú?) pagando tributos ao rei assírio Salmaneser III

Que os assírios costumavam ALTERAR as suas inscrições, pode-se ver no fato de que o Rei Assurbanipal incluiu, como seus, os feitos militares do seu pai, que foi Ezar-Hadom (ou Asaradon). 
D. D. Luckenbill diz que costumavam “relatar o que as suas vaidades REAIS mandavam”. 

E quando Senaqueribe, filho de Sargão II, no tempo do profeta Isaías, sitiou a cidade de Jerusalém e garantiu que a conquistaria, de qualquer jeito, mas não conseguiu conquistá-la, ele deixou inscrições a respeito, ao modo deles.
Senaqueribe diz que “fez Ezequias, o judeu, pagar-lhe tributos... mantendo-o prisioneiro em sua gaiola (ou em sua cidade) real”, porém NÃO diz por que não conquistou a cidade.

Prisma de Senaqueribe, onde ele conta sobre Jerusalém

Já a Bíblia mostra os DOIS lados, confirmando que Ezequias pagou tributos a Senaqueribe. Porém, diz que ele só não conquistou Jerusalém, porque Deus fez com que, numa só noite, morressem 185.000 soldados seus, o que forçou a sua retirada.

Até meados dos “anos 1800” da Era Comum, o Rei Sargão II NÃO era conhecido fora da Bíblia.
Só o livro de Isaías referia-se a ele, no seu capítulo 20.
Por isso, os críticos achavam que a Bíblia estava ERRADA quanto à sua existência. 
Já quanto a Senaqueribe, filho e sucessor de Sargão II, diziam que fora assassinado por UM filho seu, ao passo que a Bíblia dizia que foram DOIS filhos.
Por isso, novamente, os críticos diziam que ela estava errada (Isaías 37,38).
Hoje, porém, não restam mais dúvidas.
Foram obrigados a admitir, mais uma vez, que o relato BÍBLICO, nos dois casos, era muito mais certo.

Entretanto, não adiantam todas as evidências, que fazem a Bíblia mais confiável, pois tentam, de todas as formas, desmentir ou deturpar os seus relatos. 
No caso desses dois reis acima citados (pai e filho), por exemplo, são personagens históricos.
Embora concordem com isso, dizem que Isaías, que testemunhou aqueles acontecimentos, NÂO viveu naquele tempo ou que, se viveu, NÃO foi ele quem escreveu a respeito deles, pois querem acreditar que Isaías não escreveu até o capítulo 37 (trinta e sete) do seu livro, que fala sobre Senaqueribe e Jerusalém.

E quanto à fidelidade dos registros assírios, dizem que os seus “ANAIS, (ou registros de ano em ano) eram mais fiéis do que os epônimos”, que são registros indefinidos, mais maleáveis, relacionando um nome com um acontecimento.

Todavia, quando há diferenças entre esses dois tipos de registros, com o registro anual mostrando uma data mais rigorosa e o “epônimo” mostrando uma data mais indefinida, preferem dizer que a época certa é a que consta neste último.
Quando isso acontece, dizem que o “ERRO está nos anais”.

Como poderia ser, SE os “anais”, conforme eles mesmos dizem, são registros mais fiéis?

Talvez seja por que os “epônimos”, sendo mais maleáveis, AJUSTAM-SE melhor na defesa de suas teorias, pois não precisam ter (e NÂO têm) o rigor exato de uma data determinada.





Crédito das Fotos: Postagens na Internet



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