domingo, 25 de outubro de 2009

ISAÍAS - Um ou três? Pedro viveu em Babilônia?




 Veja os "Rolos do Mar Morto" ORIGINAIS




Um ou três escritores?

Segundo a Bíblia, o profeta Isaías escreveu o seu livro, terminando-o por volta de 730 AEC. Entre outras coisas, ele predisse que Ciro, o Persa, iria conquistar Babilônia e que, depois, essa Babilônia, apesar de ser a maior cidade daquele tempo, ficaria em “ruínas e que nunca mais seria habitada”. 

Quando ele falou isso, nem Ciro havia nascido nem Babilônia era a maior cidade.

Nos dias de hoje, quanto à Babilônia, seria a mesma coisa do que dizer que uma cidade tal como Washington, Londres, Moscou, Pequim, Paris, Tóquio, etc., que são consideradas as “capitais” do Mundo, iriam ficar em ruínas e que nunca mais seriam habitadas. Aparentemente, seria difícil de se realizar, principalmente lá, no passado, pois os antigos, quando tinham as suas cidades destruídas, costumavam reconstruí-las.

Apesar disso, sabemos que as duas coisas se tornaram realidade.

Desenho de Babilônia, no seu auge, com Nabucodonosor II

Além de Babilônia ter sido conquistada por Ciro, bem mais tarde, depois do primeiro século cristão, também ficou em "ruínas e nunca mais foi habitada", como mostra FOTO abaixo.


As RUÍNAS viraram “atração turística” e podem ser visitadas até hoje, no IRAQUE.

Porém, como em outros casos, os “críticos” não acreditam e distorcem os fatos.
Acham que as PROFECIAS “são história disfarçada”, que foram escritas DEPOIS dos fatos terem acontecido. (Veja o "post" LUCAS escreveu)

Para “provar”, dizem que este livro foi escrito, pelo menos, por três escritores, em três épocas diferentes e que o próprio Isaías escrevera apenas, os seus capítulos INICIAIS. 

Embora NÃO concordem entre eles mesmos, dizem que o primeiro escritor foi o autor do capítulo 1° ao 20 (ou 40); que o segundo escreveu do 20 ao 40 (ou do 40 ao 56) e que o terceiro escreveu daí até o fim (capítulo 66).

Na realidade, com essa DIVISÃO que fazem, ajustam a história como lhes convêm, considerando que se Isaías escrevera, apenas, os capítulos iniciais, do 1° ao 20 ou, no máximo, até o 40, não poderia ter previsto o surgimento de Ciro e nem a sua conquista de Babilônia, pois esses relatos começam nos capítulos 41, 44 e 45.

Assim, repetindo, como dizem que ele escrevera, apenas, os capítulos iniciais, no máximo até o 40, e como o relato sobre Ciro começa do capítulo 41 em diante, isso mostra, segundo eles, que essas partes foram “acrescentadas”, ou escritas por outros, após o acontecido.

Entretanto, quando fala sobre isso, Isaías diz que não é ele, mas JHVH quem tem o poder de prever os acontecimentos e, como prova, mostra aquilo que ainda iria ocorrer (Isaías 46:9-11).
Ora, se um escritor “esperto” acrescentasse a história de Ciro no livro, a nação toda de Israel saberia, pois tanto os sacerdotes como o povo conheciam a profecia. E sabendo que aquilo fora acrescentado, perceberiam que Deus não previra coisa nenhuma, tendo em vista ter sido uma fraude.

Sendo assim, NÃO acreditariam mais nos seus profetas. 

Contudo, continuaram acreditando, não só em Isaías como em todos os outros, tanto que esperavam um “Messias” (ou Cristo) descendente do Rei Davi, que os libertaria.

Aliás, isso mostra que mesmo que Isaías tivesse sido escrito no tempo de Ciro (530 AEC), como querem crer, ainda assim teria relatado uma profecia, porque mencionou, também, os atos que o Cristo faria, que só se realizariam séculos depois (Veja o "post" Tempo da escrita).

E mesmo que Isaías tivesse escrito apenas os capítulos INICIAIS, também teria relatado outra profecia histórica, pois no capítulo 13 (treze), ou seja, no início, portanto, é declarado que Babilônia ficaria em “ruínas e não mais seria habitada”. 

Quando foi que Babilônia ficou desabitada?

Ora, é sabido que, até a conquista de Ciro, em 539 a.C., ela era muito habitada. Uns duzentos anos depois continuava habitada, considerando que o grego ALEXANDRE MAGNO quis fazer dela a sua cidade capital.
A História diz que até o primeiro século da Era Cristã ainda funcionava, por lá, um templo religioso deles, o que indicaria que, pelo menos até esse tempo, ela ainda era HABITADA.

Pedro viveu em Babilônia ou em Roma?

Como visto, a História mostra uma cidade de Babilônia habitada no primeiro século cristão.
E a Bíblia mostra também que, pelo menos até meados do 1º século EC, ela ainda era habitada, porque havia uma grande colônia de judeus em Babilônia, tanto que o apóstolo PEDRO viveu lá, conforme diz no final de sua primeira carta ou epístola (1 Pedro 5:13).

Diante disso, os críticos dizem que Pedro “não viveu na cidade”.

Na realidade, dizem, “Pedro escreveu de ROMA, mas disse que escrevia de Babilônia, porque Roma iria fazer o mesmo que Babilônia já fizera”, ou seja, que Roma iria destruir, também, o Templo e Jerusalém.

Contudo, nessa ocasião, Pedro não sabia que Roma destruiria Jerusalém, pois segundo a tradição morreria antes disso acontecer (antes do ano 70 da Era Comum). Ele só sabia que Jerusalém seria destruída pela profecia de Jesus (Mateus 24 – Marcos 13 e Lucas 21). 
Porém, aí, Roma NÃO é mencionada.

Portanto, se Pedro escreveu a sua carta antes daquela destruição, a troca do nome de Babilônia por “Roma” já seria uma profecia nessa interpretação que fazem, pois dizem que “Roma IRIA agir (no futuro) como a antiga Babilônia agira”. 

Mas se disserem que ele a escreveu depois, como vivia em BABILÔNIA e como escreveu de lá, isso mostra que essa cidade ainda era habitada, depois do ano 70, que foi quando destruíram o Templo e Jerusalém. 

Dessa forma, os críticos ficam sem saída. 
Como visto, se disserem que Pedro escreveu a sua carta antes do ano 70, trocando os nomes das cidades, já admitem que ele fez uma profecia.

Mas se disserem que ele a escreveu depois do ano 70, a partir de Babilônia, admitem que essa cidade ainda era habitada, até essa época. Assim, só lhes resta “trocar” o nome dessas cidades, dizendo que a Babilônia citada por Pedro era, na realidade, a cidade de Roma. 
Eles querem crer, com isso, que no 1º século EC Babilônia já estava desabitada há muito tempo e que escreveram que ela ficaria “em ruínas”, DEPOIS que já a tinham visto assim.

Por outro lado, o apóstolo PAULO, que viveu em Roma, quando escreve para lá, se dirige “aos que estão em Roma”
Essa sua carta ficou conhecida, depois da destruição de Jerusalém, como “aos romanos” e não como “aos babilônios”. 
Mais tarde, quando chega para julgamento, Lucas diz que chegaram “a Roma” e não a Babilônia (Romanos 1:7 e Atos 28:16). E quando escreve, de lá, o escritor de Hebreus diz que os “da ITÁLIA” (e não os de Babilônia) mandam os cumprimentos. 
Portanto, isso fica bem diferenciado.  Roma é Roma e Babilônia é Babilônia.


Rolos do Mar Morto


A partir de 1947, foram descobertos os "rolos do Mar Morto" em Qumran, em Israel.
Entre esses manuscritos antigos, encontraram um inteiro livro de Isaías.

 
Cavernas de Qumran, Israel, onde foram achados os “rolos do Mar Morto”

No entanto, NÃO foram achados três rolos ou três divisões, mas apenas UM (ou uma), com a inteira sequência que se conhece hoje, do princípio ao fim (capítulos 1° ao 66), o que indica que o mesmo teve uma só autoria.
Inclusive, a “última linha do capítulo 39 (trinta e nove)” fica imediatamente ANTERIOR à “linha do capítulo 40 ( quarenta)”, escritas na MESMA sequencia, o que mostra que NÃO houve interrupção nenhuma nem MUDANÇA de autor naquele trecho (como os “críticos” dizem).

Em 2015, isso pode ser VERIFICADO até “on line”, pois os “rolos” foram digitalizados e podem ser vistos no computador, por todos.
Clique no “site” abaixo, para vê-los:
O “site” está em Inglês, MAS, para se ver os “rolos”, basta CLICAR em “scroll Isaiah”.
Abaixo,  no “pé do rolo”, existe um “retângulo” com “duas setinhas”, para movimentá-lo para a esquerda e direita.

Clicando-se nelas, vê-se cada “página” do rolo, que foi escrito em Hebraico (foram achados também alguns manuscritos em Aramaico).


Dá para se ver que os CAPÍTULOS 39 e 40 estão unidos, em sequência, contrariando o que os "críticos" diziam, que DOIS autores haviam escrito essa parte.

NÃO poderia ser diferente, pois Jesus e seus apóstolos fizeram muitas CITAÇÕES desse livro, do início ao fim, mas NUNCA mencionaram quaisquer divisões que ele tivesse.

Tanto assim que a primeira leitura de Cristo, na sinagoga, foi a de ISAÍAS.
Ele leu a parte que é conhecida, hoje, como capítulo 61:1,2. 
Em Lucas 4:18, mostra isso. 

Vê-se facilmente que, nessa ocasião, quando citou o capítulo 61, Jesus NÃO disse que estava lendo o "Isaías do fim" (ou o terceiro Isaías como os críticos falam).

Em outro dia, Jesus citou Isaías 6:9, conforme mostra Mateus 13:13,14. Contudo, ele não declarou que estava citando o "Isaías do começo" (ou o primeiro Isaías dos críticos). Depois, também citou Isaías 29:13, como Mateus 15:7,8 mostra. Aí também não disse que estava citando o "Isaías do meio" (ou o segundo Isaías dos críticos). 
E assim por diante. 

O fato é que quando Jesus ou os apóstolos o citavam, falavam claramente que “Isaías profetizou...” ou que o “profeta Isaías disse...” ou “no livro de Isaías...”, mostrando que o livro fora escrito por uma só pessoa e que essa pessoa fora o profeta Isaías. Inclusive, como já visto, esse livro fora usado por Esdras, quando escrevia as suas Crônicas, por volta de 450 AEC, e Esdras também nada disse sobre as supostas divisões do livro. 

Com o achado daquele "rolo do mar morto", comprovou-se, também, que as cópias bíblicas são fiéis, porque aquele rolo, datado de 100 a 200 anos AEC, quando foi COMPARADO com outro, feito em cerca do ano 800, que é cerca de MIL anos mais velho, quase não apresentou diferenças, como o próprio WK fala no seu livro, na pág. 359.

Isso também CALA os que dizem que a Bíblia foi ALTERADA, no Concílio de Niceia, feito em 325, pois os DOIS “rolos”, ou os dois livros comparados, são praticamente IGUAIS, tanto o que foi feito ANTES de Niceia (achado perto do Mar Morto), como o que foi feito DEPOIS de Niceia (feito em cerca do ano 800).

E o gozado é que a datação, desse rolo do Mar Morto de Isaías, foi feita por meio de radio  carbônio (ou C-14).

Esse método, contudo, apresenta falhas. (Veja o "post" Datas diferentes)
No entanto, para os críticos, as suas DATAS são dignas de crédito. Esse método diz que o Isaías achado por lá é de Antes da Era Comum (ou de Antes da Era Cristã). (WK fls. 322)

Assim, NÃO há como refutar a profecia da “ruína de Babilônia”, porque ela ainda era habitada no tempo da escrita daquele rolo (ou livro) achado no Mar Morto e naquele rolo estava escrito que a cidade ainda IRIA ficar desabitada. 

Falava de algo que ocorreria no FUTURO, portanto. 
Não há como refutar, também, as profecias sobre os atos que o Cristo faria, porque aquele rolo havia sido escrito antes, muito antes, dele aparecer na Terra (Veja Isaías 7:14 e Mateus 1:18-23 - Isaías 40:3 e Marcos 1:2,3 - Isaías 61:1,2 e Lucas 4:18-21 - Isaías 6:9,10 e Mateus 13:14,15 - Isaías 53:1 e João 12:37,38 - Isaías 53:7 e Mateus 27:12-14 - Isaías 50:6 e Mateus 26:67 - Isaías 53:9 e Mateus 27:57-60, etc., etc.).

Isso mostra que as profecias podem demorar a se cumprir, mas que se cumprem nos mínimos detalhes, no seu tempo devido.

No caso de Babilônia ficar desabitada demorou mais de oitocentos anos, desde quando Isaías terminou de escrevê-la, por volta de 730 AEC, até o seu cumprimento, nos primeiros CEM anos da Era Cristã (ou da Era Comum), pelo menos.

Isso mostra que a Bíblia toda foi realmente “INSPIRADA por Deus” (2 Timóteo 3:16) e/ou que os homens que a escreveram foram ORIENTADOS por um Deus VIVO (2 Pedro 1:20,21), que “desde o princípio conta o final” (Isaías 46:9-11) e que ACOMPANHA o desenvolvimento da profecia, até que a mesma se cumpra, pois a “Sua palavra NÃO lhe volta sem resultados”, como diz Isaías 55:11.



Veja também o que Isaías disse sobre o FORMATO da Terra, em Terra redonda.




CRÉDITOS:  Fotos e desenhos postados na Internet





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